Há cerca de seis anos foi anunciado o projeto de revitalização da Praça João Lisboa e Largo do Carmo, no Centro de São Luís. Bancas de revistas e de engraxates foram retiradas para dar melhor visual panorâmico a este logradouro público, como também sinalizar o que seria o início dos serviços, mas tudo não saiu do discurso.
Quem passa por essa área que já foi considerada o “coração de São Luís” observa apenas bancos quebrados, calçamento desprendido e muito mato espalhado pelo espaço destinado aos jardins e calçadas. O relógio da praça segue desativado e as escadarias e fachada da Igreja do Carmo foram transformadas por andarilhos em um improvisado sanitário que exala mau cheiro e afugenta fiéis do templo católico. Padres capuchinhos responsáveis pela igreja, cansados de fazerem tantos apelos para chamar a atenção das autoridades, decidiram limitar os horários de abertura da casa religiosa.
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A insegurança, somada à aglomeração de moradores de rua e usuários de drogas, principalmente à noite, tem afastado visitantes deste que já foi um majestoso espaço. O antigo ‘Abrigo da João Lisboa’, antes, parada obrigatória para a boa conversa; o lanche rápido; o cafezinho; e o caldo de cana com pastel, está com sua cobertura e paredes tomadas por infiltrações e com sua rede de esgotamento sanitário comprometida.
O Instituto Municipal da Paisagem Urbana – IMPUR bem que poderia enviar uma equipe para poda de árvores e capina das esburacadas calçadas do largo, mas pelo visto, permanece míope com relação a essa lastimável situação. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, por sua vez, se mantém alheio a tanto descaso. Talvez a incompetência de alguns gestores desses dois órgãos públicos seja a razão para tamanho descuido com tão importante ponto de visitação da Cidade Cultural, Patrimônio da Humanidade.
Excelente