CAMPEONATO “MARANHENSEM” – Sem público, sem renda, sem patrocínio e sem estádios, clubes seguem na pífia competição

Tentando acompanhar o apertado calendário imposto pela CBF, a Federação Maranhense de Futebol tenta, com pouco sucesso, promover o Campeonato de 2019. O problema é que o torcedor anda muito distante dos palcos onde são realizados estes “espetáculos” e muitos são os motivos para tanto desinteresse.

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Além do baixo nível técnico dos times que participam da competição, a concorrência dos canais de televisão que transmitem ao vivo jogos do eixo sul-sudeste, as festas pré-carnavalescas na Ilha e o próprio período chuvoso são algumas das causas que tiraram o torcedor do Castelão, em São Luís. Já no interior, a falta de apoio das prefeituras e até mesmo a ausência de laudos dos estádios acabam desestimulando dirigentes de clubes e sacrificando atletas e comissão técnica. Nesta situação estão as equipes de Santa Quitéria, que tem mandado seus jogos na cidade de São Mateus (Estádio Pinheirão) e o time de São José de Ribamar, que viaja para Rosário para “jogar em casa”. Com a corda no pescoço, literalmente, está o Cordino que sem qualquer apoio, segue rumo ao rebaixamento.

Nestes três últimos casos, a distância e a falta de incentivos provocaram uma verdadeira evasão de torcedores nos estádios. Já na capital, o Castelão ficou grande para as torcidas de Sampaio, Moto e Maranhão que não vêem motivos para seguir seus times nesta gigante praça esportiva. Muitos reclamam da localização e da falta de transporte para servir o público, principalmente após jogos realizados à noite.

Motivação de torcedores ainda pode ser vista em partidas realizadas nas cidades de Imperatriz e Pinheiro. Seus representantes vêm de um processo evolutivo nas competições que disputaram em 2018. O ‘Cavalo de Aço’ conseguiu acesso para a Série C do Campeonato Brasileiro e o ‘Búfalo da Baixada’, o ingresso para a “elite” do futebol maranhense.

Sem público, sem torcida, sem estímulo, sem apoio, sem patrocínio e sem dinheiro, os clubes da capital aguardam pela reabertura do Estádio Nhozinho Santos para tentarem atrair público aos seus jogos; o São José torce pela reforma e laudos do Estádio Moropóia; e o Santa Quitéria aguarda o novo gramado do Rodrigão. Sob risco eminente de ser rebaixado, o Cordino tenta se reabilitar, mesmo sem suporte, jogando no Estádio Leandrão.

Longe do apoio da iniciativa privada e pouco ou quase nada de aparato do poder público, este é o diagnóstico atualizado do futebol maranhense. Mas para a FMF, parece que tudo vai muito bem, obrigado!

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