Foi-se o tempo em que os brincantes de carnaval tinham como principal opção, os clubes sociais de São Luís. Todos queriam usufruir do conforto, segurança e, principalmente, das grandes atrações oferecidas por estas agremiações durante a temporada carnavalesca. Animavam as festas matinais, vesperais e os concorridos bailes noturnos, grupos musicais locais e de renome como ‘Os Fantoches’, ‘O Peso’, ‘Nonato e Seu Conjunto’, ‘Banda Voo Livre’, entre outros.
Quanto aos principais clubes que a sociedade maranhense frequentava no período momesco de outrora e também na pré-temporada carnavalesca, destaque para o Grêmio Lítero Recreativo Português, Clube Recreativo Jaguarema, Casino Maranhense, Califórnia Clube de Campo, Montese e Araçagy Praia Clube. Seguindo a marcha (ou marchinha) destes imponentes espaços, as associações de classe e de moradores de bairros complementavam o leque de opções para brincantes de todas as faixas etárias, e nesse ponto, merece registro o Clube de Sargentos, na Rua Cândido Ribeiro, no Centro de São Luís e a União Beneficente e Recreativa do Anil – UBRA, localizada no bairro que também era o endereço de Lítero e Jaguarema.
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Esse período de glamour e de grande frequência de público nos clubes sociais da capital maranhense durou até meados da década de 1990. De lá para cá, com a mudança de hábito da sociedade e a falência com posterior fechamento destes destes espaços, o folião foi literalmente, para o meio da rua participar das ‘festas de momo’. O chamado circuito de carnaval que inclui os boêmios bairros da Madre Deus e São Pantaleão, envolvendo a área do Anel Viário, se transformou no mais popular ponto da folia carnavalesca do Maranhão, mesmo não oferecendo o conforto e a segurança dos requintados salões de festa.
Não custa dizer que dos clubes sociais citados acima, o Lítero ainda permanece com sua sede social na Praça João Lisboa, no entanto, cheio de limitações e restrições para grandes eventos. Salva-se, contudo, a privilegiada localização do Iate Clube de São Luís que ainda serve de palco para alguns eventos pré-carnavalescos. No mais, sobraram para brincantes e apreciadores do ‘carnaval de salão’, as sedes da AABB, APCEF, SESI e SESC.
Morei em São Luís em 1986 e fui sócio do Clube Litero Português do Anil.
Gente este clube era tudo de bom uma maravilha. Em 2020 fui passear em São Luís e me cortou o coração ver a situação do Clube após seu fechamento.