Por muitos e muitos anos, o maranhense usou a frase “Fazer Lusitana”, quando o assunto era ir às compras mensais, quinzenais ou semanais em supermercado. Era uma tradição ou até mesmo, um “passeio em família”, visitar uma das lojas dos Supermercados Lusitana espalhadas pela região central e por diversos bairros de São Luís.

Com a expansão urbana da capital maranhense, através do surgimento de novos núcleos habitacionais, entre o final da década de 1960 e início da década de 1970, chegando aos anos 80, o Lusitana também se expandiu e com ele a concorrência. Assim, outras redes do setor supermercadista surgiram, dentre as quais, o Supermercado Sampaio, que depois virou o Confiança, que após anos se transformou no Supermercado Econômico e logo em seguida Grupo Preço Bom…

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Por várias décadas o consumidor maranhense usou o jargão “Fazer Lusitana” quando ia às compras no supermercado

Reforçando a salutar concorrência no setor, surgiu no bairro da Cohama o Supermercado Boa Vista que também abriu lojas em outros pontos da cidade. Este deu lugar ao Supermercado Nacional e anos depois, sua unidade da Cohama, passou a ser a Matriz ou primeira loja da atual rede de supermercados Maciel.

Supermercados Camino: concorrência para os pequenos mercadinhos de bairro

Além destes grupos, pequenos mercadinhos nasciam em bairros da capital maranhense, onde pode-se destacar o bem surtido ‘Delicatessen’, localizado no São Francisco. Não custa lembrar, que ali bem próximo, como loja âncora do Tropical Shopping Center, foi aberta uma unidade do Grupo Pão de Açúcar, cuja vida não foi tão longa assim. Com o passar do tempo, outras redes de supermercados reforçaram as opções para o consumidor ludovicense, tendo como destaque as redes Silmar e Carone, essa última serviu de embrião para a criação do Camino, supermercado de pequeno porte vinculado ao Grupo Mateus, instalado recentemente em bairros da periferia da Ilha, para combater o pequeno comerciante do auto-serviço.

Em 1999, com a inauguração do São Luís Shopping Center, o Grupo Bompreço abriu sua primeira loja na cidade como âncora deste centro de compras. Quase três anos depois, com o encerramento de suas atividades no setor supermercadista, o Grupo Lusitana promoveu uma das maiores negociações do setor no Nordeste do Brasil, quando a rede Bompreço, num processo de expansão na capital maranhense, encampou suas principais lojas, sob forma de locação de seus bem localizados e valorizados imóveis.

Mas não custa dizer que na rica história de mais de meio século do Grupo Lusitana, o consumidor sempre teve tratamento especial. O Lusitana foi o primeiro supermercado a instalar em suas lojas, panificadoras; lanchonetes; setor de eletrodomésticos; postos avançados para venda de bebidas; uma loja exclusiva para comerciantes, no caso o ‘Super Atacado Lusitana’, no Canto da Fabril; e indo mais além, fazia entrega à domicílio, em qualquer ponto da cidade, sem cobrar nada por isso. Assim mesmo, a concorrência sobrevivia, crescia e o consumidor agradecia…

Por fim, o Grupo Mateus, que pouco participou dessa história, é hoje a maior rede de supermercados do Norte/Nordeste e uma das maiores do Brasil. No Maranhão o grupo quase não sofre concorrência e por isso, tem o consumidor como refém, que se vê, praticamente obrigado a fazer compras em suas lojas, por falta de opção. O Grupo Mateus, com toda sua pompa, valores e referência no setor, bem que tentou, mas sem sucesso, incorporar a tradição popular do consumidor maranhense quando o assunto era ir às compras nos Supermercados Lusitana. A campanha publicitária “Fazer Mateus, é fazer bem feito” não vingou…

Fotos Internet

Líder do setor no Maranhão o Grupo Mateus segue firme, quase sem concorrência

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE