Ao completar 406 anos de fundação, a cidade de São Luís do Maranhão pouco teve a comemorar. Sua gente ficou limitada a se contentar com duas noites de shows na Praça Maria Aragão. E somente isso.

Tempos atrás, nessa simbólica data, gestores municipais da capital maranhense promoviam uma maratona de inaugurações de avenidas, praças, escolas, creches, centros de saúde, entre outras obras. Este ano, o prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PDT), aliado do governador Flávio Dino (PCdoB), ao falar do aniversário da “capital de todos os maranhenses”, tentou, sem muito êxito, enumerar algumas de suas ações em favor da população ludovicense. Mas a mensagem ficou reduzida apenas aos coloridos ‘Ecopontos’, as “gambiarras” no trânsito e a modernização da frota de ônibus que serve a cidade….

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Flávio Dino não deve contar muito com a popularidade de Edivaldo Holanda Júnior na capital São Luís

Agora, pode-se dizer que ‘Ecoponto’ é apenas um atestado de incompetência na luta de sua gestão contra os lixões a céu aberto. Essas intervenções geométricas improvisadas em avenidas poderiam ser elevados, viadutos ou passarelas para pedestres. Quanto aos ônibus novos e climatizados, trata-se apenas de investimento dos empresários para honrar cláusulas contratuais sobre a concessão do transporte público.

No mais, apenas a aplicação de asfalto em ruas de alguns bairros de São Luís, produto esse, de qualidade duvidosa, mas que anima lideranças comunitárias que buscam a reeleição do deputado genitor do prefeito.

Ora, um administrador de capital de Estado, que pouco dispõe de respaldo e conhecimento técnico, deveria pelo menos, ter força política e capitanear votos e mais votos para quem muito o ajudou na conquista do tão sonhado cargo do Executivo Municipal de São Luís, nas eleições de 2012 e também interviu o suficiente para o reconduzir à mesma função em 2016. Não precisa dizer que trata-se do governador Flávio Dino!

O prefeito de São Luís pode até tentar sair pelos bairros da cidade, fazendo campanha e pedindo votos para Flávio Dino, assim como estão fazendo, com sucesso, diversos prefeitos de municípios do interior maranhense. No entanto, existe o risco eminente de um efeito contrário e o tiro sair pela culatra. Sua participação pode virar uma espécie de “marcha à ré” no veículo conduzido por Dino que tem como destino sua reeleição.