A divulgação exaustiva de pesquisas eleitorais recomendadas pelo grupo do governador Flávio Dino (PCdoB), sobre intenção de votos para o Governo do Maranhão no pleito que se aproxima, sempre apresentaram larga vantagem ao candidato comunista em relação aos seus adversários. As amostras, encomendas por veículos de comunicação ligados ao governo e realizadas por institutos de pesquisas locais, em demasia, sempre cravaram 60 pontos percentuais em favor de Dino.
Dias atrás, a TV Mirante, emissora da família Sarney, contratou e divulgou pesquisa do IBOPE mostrando vantagem do candidato do PCdoB, seguido de perto da candidata Roseana (MDB), mas com um pequeno e importante detalhe: os números pró-Dino caíram dos redondos e insistentes 60% e minguaram para pouco mais de 40 pontos. Roseana apareceu na mesma enquete com 34%.
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Na manhã do dia seguinte à divulgação da pesquisa IBOPE/TV Mirante (24 de agosto), o Jornal Pequeno abriu suas páginas com uma manchete de capa, em letras garrafais anunciando o resultado de outra amostra, amplamente desencontrado com os números do IBOPE, elevando Dino novamente para os seus “60% originais”. Como pode dois institutos de estudos de campo distanciarem tanto assim os seus resultados?!
Hoje, dia 1° de setembro, uma outra amostra feita pela Econométrica, encomendada e divulgada pela TV Guará, também “economizou” nos números e na chamada “Pesquisa Espontânea” Dino somou apenas 37% contra 16,1% da candidata emedebista.
Portanto, fazendo uma analogia das pesquisas eleitorais divulgadas por estes dias no Maranhão, com o antigo comercial de TV da ‘Sardinha 88′ que dizia, “nem 8, nem 80, Sardinha é 88’, pode-se deduzir que nesse momento, os resultados das amostras sobre a vantagem do candidato Flávio Dino, não são 6 e nem 60, como também não são 66. O patamar está mais para percentuais bem abaixo do numeral que dá nome a um conhecido aguardente de cana. E para os governistas, isso não é “uma boa ideia”. Já para a oposição, “são outros quinhentos”.