São Luís do Maranhão com suas praias de águas mornas, rica culinária, gente hospitaleira e um acervo arquitetônico de dar inveja ao “Velho Continente” anda é longe de atrair e contagiar de forma benéfica os seus visitantes. Mesmo banhada pelo Oceano Atlântico, que se avizinha com sua sala de visitas, no caso, o Centro Histórico, é por via terrestre que a ‘Cidade Cultural, Patrimônio da Humanidade’ recebe a maioria dos seus visitantes.
Isso significa dizer que além da ferrovia que liga a Ilha de São Luís ao interior do Estado do Pará é pela congestionada rodovia BR-135 que as pessoas entram e saem da capital maranhense. Ou seja, é como se o visitante chegasse e entrasse sempre pela porta da cozinha.
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O pior de tudo é que o panorama não é nada agradável. Mesmo com seus 50 primeiros quilômetros duplicados, essa rodovia federal não oferece aos seus usuários qualquer tipo de paisagismo urbano ou mesmo iluminação adequada em seu “canteiro central”.
Os serviços de limpeza e roçagem das margens da BR-135 que são de responsabilidade do DNIT só são realizados quando o matagal compromete a visão dos motoristas ou “camufla” as poucas placas de sinalização da estrada. À noite, devido a falta de iluminação, nenhum visitante pode “apreciar” o cenário ‘rural-urbano’ até a chegada no ‘Km 0’, na rotatória do Aeroporto do Tirirical.
A propósito, algumas centenas de visitantes também chegam à capital maranhense através de alguns voos regulares da aviação doméstica. Mesmo assim, os horários de chegada, quase sempre à noite, não estimulam o visitante a apreciar a paisagem formada por cercas e varais, como um quintal de casa localizada em bairro da periferia.
Por fim, governo e prefeitura (com G minúsculo mesmo), construíram um pórtico na “entrada da cidade” dando boas vindas a quem chega e boa viagem a quem parte, mas nada que se compare ao tamanho do potencial turístico de São Luís do Maranhão. A geringonça mais parece com parte de cenário cinematográfico onde eram gravados “filmes de faroeste”.
Parabéns